quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Apenas. Ponto.

Apenas.
Como uma brisa suave e escondida.
Ponto.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Simples

"Fica tão fácil entregar a alma, a quem nos traga um sopro do deserto"

Fica tão fácil querer quando não se tem, pedir quando se quer dar... sonhar quando se quer acordar.

Fica tão fácil sentir quando se vê, ver-se quando se tem, ter... quando se deseja.

Fica tão fácil desejar o impossível, acreditar no improvável, adorar... o inexplicável.

Difícil mesmo é dizer, arriscar e ser feliz.

sábado, 22 de dezembro de 2007

Eu vou tentar. Juro.

Eu vou tentar. Juro.
Vou tentar ser feliz.
Aceitar aquilo que sinto.
Aceitar que ainda sinto.
Vou tentar ver.
Vou-me esforçar por acreditar e por querer.

Eu vou tentar.
Fazer com que cresça
E o resto se apague.
Vou acabar com esta luta
E que vença o melhor.
Vou querer... e ser feliz.
Eu juro.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Outra folha caiu

Hoje estive naquele banco. Parei e olhei para onde costumávamos olhar.
Mais uma folha caiu.
Olhei para o mesmo céu de antes, aquele que há milhões de anos em pouco se altera. Continuam lá as mesmas estrelas, as mesmas árvores, as mesmas folhas caídas...o mesmo frio.
Mas mais uma folha caiu.
Faltava lá o lugar que ocupavas, que deixaste vazio de tudo.
O banco envelheceu, assim como tudo à sua volta, incluindo eu.
E outra folha caiu, tão depressa como estes meses e anos que hoje recordo.
E a Lua deitada, na sua inocência, permanece ali naquele espaço que antes olhávamos vazio e que hoje, vazia, olhei em silêncio e sorri.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Desabafos

Cansada...
De tudo o que me enxe e não transbora porque não pode.
Um cansaço que mói, que suga de mim todas as forças que tenho e que não tenho.
Cansada da incompreensão, do desespero dos outros, da dor que não se vai.
Estou cansada de mim, cansada de esperar pelo dia certo para agir, pelo dia certo para ser alguém.
Cansada de empilhar tanto tijolo, na esperança vã de construir alguma coisa que não sei bem o que é. Na volta estou a contruir as paredes da minha própria clausura, não da liberdade desejada.
Só quero que Me digas que tudo se resolve e que o cansaço passa.
Só quero que Me mostres...que Me digas que sou capaz.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Era uma vez...

Era uma vez...
Assim começam as mais belas histórias de encantar, aquelas que crescemos a ouvir, que nos ensinaram a acreditar.
Era uma vez...
Marca um início. Quantos inícios teremos na vida?
Quantas vezes podemos começar... e sentir?
Era uma vez...
Com príncipes e fadas... cavalos voadores e núvens de mil e uma cores.

Era uma vez... começamos de novo?

...

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Até lá chegar...

Há coisas que não se explicam, apenas se sentem.
Há sentimentos que não se sentem, apenas surgem, emergem do mais profundo de nós como se de uma fonte se tratasse.
E por ali ficam, percorrem-nos por dentro, por vezes transbordam num sorriso ou numa lágrima.
Um dia acordamos e vemos o mundo mais brilhante. Até uma simples gota de chuva nos faz sorrir.
Onde anda esse brilho e essa água dessa fonte?
Como num passo de mágia, tudo muda, tudo gira...luzes surgem no caminho que pisamos, iluminam, aquecem. E nós percorremos, felizes, essa estrada que nos é dada, que construímos a cada tropeço, a cada queda, a cada vitória e a cada derrota.
Debaixo dos nossos pés, mais uma tábua surge para nos segurar.
Até àquele dia em que caminhamos juntos, suportamos o peso do outro como se do nosso se tratasse.
Caminhamos em direcção ao que sonhámos (sonhamos?).
Aguentamos com o peso do mundo, do nosso mundo, talvés.
Até chegarmos (onde?).
E por lá ficamos.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Que seja


Os dias e as horas passam e a cada uma delas tudo se torna mais confuso, mais turvo, mais estranho.
Cada vez mais me pergunto, "qual é o sentido da vida?", "para que estamos aqui?". Perguntas e mais perguntas sem resposta, tantas vezes sem nexo.
Mas eu continuo nesta busca, numa procura incessante por um sentido para as coisas e principalmente para a minha própria vida.
Não compreendo o porquê das coisas, tão pouco sei porque estou aqui.
E então?
Continuo sempre em frente até um dia ter respostas, até um dia conseguir explicar o que sinto e o que tenho, o que faço e o que quero.
Infelizmente há perguntas sem resposta, há coisas que não se podem explicar, coisas que não posso dizer.
É um sufoco, sem dúvida...mas tenho de continuar e aprender a viver com isso. Se esse realmente for o sentido da minha existência...que assim seja.

Que assim seja se assim tiver de ser...

domingo, 25 de novembro de 2007

Encontra-me

Encontra-me.
Não sei onde nem como
Não sei quem nem porquê
Mas encontra-me
Procura por mim...
Aqui e ali...lá
Algures onde me perdi.

Encontra-me
O que de mim resta
O que de mim falta
Que me faz falta.

Encontra-me e leva-me para longe
Para um outro mundo,
Para um outro fundo.

Encontra-me para sempre
E tira-me deste sufoco,
Desta angústia e desta falta.



Encontra-me
Procura-me
Dá-me
O que não tenho.

Hoje? Amanhã? Um dia...

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Aprende-se com o tempo

Hoje é mais um daqueles dias em que dou por mim a pensar coisas ridículas.
A minha eterna mania de dar um sentido às coisas, de dar um significado à minha vida.
Dou por mim a pensar que me falta algo. E de novo voltamos ao mesmo assunto.
É incrível como o tempo passa, como nós passamos com ele e mudamos aquilo que éramos. Tornamo-nos mais fortes, crescemos. Por vezes tornamo-nos mais sensíveis ao mundo que nos rodeiam. Damos por nós a reagir a situações que antes nos passavam ao lado.
Aprendemos a dar valor ao que temos, ao que não temos. Aprendemos a dar valor a nós mesmos.
É a tudo isto que se chama crescer?
Mas ainda me falta viver e crescer tanto. É isso que me conforta nos dias mais pessimistas em que penso que já devia ter passado por isto ou por aquilo e ainda aqui estou.
E nesse tempo que vem, vou continuar na minha constante busca por aquela pessoa que me vai fazer brilhar e sonhar como dantes, aquela pessoa que me vai compreender e preencher o vazio que, em dias como este, ocupa um lugar já antes ocupado. É mais uma coisa que o tempo faz. Dá-nos e tira-nos, quer queiramos ou não, por motivos que muitas vezes desconhecemos. Mais um mistério.
Mas enquanto esse vazio não se ocupa vou vivendo e aprendendo, crescendo e valorizando todos os vazios que têm sido ocupados ao longo do tempo.
No dia em que este último vazio for preenchido, serei a primeira a segurá-lo com todas as minhas forças. Também foi o tempo que me ensinou a agarrar aquilo que mais quero. Para que não fuja como antes fugiu. De alguma coisa serviu.
***

sábado, 17 de novembro de 2007

Quando esse dia chegar

Um dia canso-me da espera e começo a caminhar.
Páro de pensar no sentido da vida e decido viver.
E quando esse dia chegar, devagar...ainda vou cá estar?
Vou esquecer-me de fazer perguntas parvas
Perguntas que nem têm uma razão de ser.
Nesse dia deixo de fazer promessas inúteis
E de escrever palavras como estas, fúteis.
Aprendo finalmente a viver a sério.
Pelo sim, pelo não, posso também deixar de sonhar tanto!

sábado, 3 de novembro de 2007

ISA - Imaginarium

Este é especialmente dedicado à minha prima!

Letra e voz da própria, Isa.

Lindo Pima =)

***********

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Farta...

Farta...
Farta de olhar e não ver
Farta de querer e não ter
Farta de não sentir
Farta de procurar
De fingir,
De sonhar.
Farta de querer acordar e não conseguir
Farta de cair
Farta de me encontrar
De me perder
E desistir.
Farta...
De procurar aquela mão que nos puxa,
Aquela mão que nos guia...
Aparece...guia-me...tira-me esta fartura, dá-me um sentido...porque eu não sinto...
E continuo farta...

terça-feira, 30 de outubro de 2007

À espera de dias melhores

Por vezes surge esta incapacidade de se escrever o que quer que seja que nos vai na alma. Porque nem sempre se consegue transformar em palavras aquilo que pensamos, aquilo que mais desejamos. Nem sempre as questões que tantas vezes coloco conseguem chegar "cá fora".

E nesta altura opto por deixar aqui músicas, na esperança que transmitam o que não consigo neste momento transmitir pelas minhas palavras.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Metade


Continuo metade, metade do que sou, metade do que quero ser.
Metade.
Metade de nós que não se completa, que não se deixa nem se quer completar.
Uma metade que faz falta, que anseia por se encontrar.
Alguém que me mostre essa parte que falta, alguém que me diga se existe.
Uma metade que me cure, que me tire esta dor, que apague de mim um passado que quero guardar a sete chaves.
Alguém que me leve deste mundo por um segundo, me mostre que as feridas cicatrizam.
Continuo metade. Metade do que restou, metade do que me falta.
Metade.

domingo, 14 de outubro de 2007

Acredita


Gostava de conseguir dizer que é fácil esquecer
Gostava de conseguir pensar que o mundo é aquilo que queremos
Gostava de conseguir sonhar que vai acontecer.
Há muita coisa que gostava de ter, de pensar, de sentir e de sonhar.
Mais ainda são as coisas que quero e que sonho todos os dias.
Sinto falta daquela força daquela mão, daquele toque daquele olhar. Que hão-de voltar, a seu tempo.
Acreditas em mim?
Pois acredita.
Vai acontecer, comigo e contigo, um dia destes.
Um dia destes acordo e olho para o céu como se fosse mais azul. Olho em frente e vou ver aquele olhar e aquela força que hoje anseio. E tu também.
Vou deixar de esperar, de querer e, então, vou ver. O que queremos sempre acontece. Mesmo que não seja já.
Acredita em mim.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Espera

Think I'm waiting
Everyday and night
For that special thing
That I won't deny.
Love?
Freedom?
Happiness?
I don't know.

I'll just wait...and fly.
***





sábado, 6 de outubro de 2007

Não é a vida como um barquinho destes?

Os dias passam e continuamos a querer dar-lhes um sentido. Mas porque não apenas vivê-los?
Senti-los como nossos, como puros e divinos e apenas Viver.
Pensar que merecemos estar neste mundo (se não merecessemos, provalvelmente não estaríamos cá), que ele não fica melhor com cada lágrima que derramamos sem saber porquê, com cada dia que perdemos a pensar se amanhã será melhor ou se ontem teria sido diferente se tivessemos agido de determinada forma.
Não nos podemos esquecer que o mundo não pára por nós. Os relógios desta vida seguem sem se preocupar se estamos a cumprir o prometido ou não.
E aquele barco ali parado, só espera por quem nele quiser andar, por quem não tiver medo de se afogar ou de se sentir mal a meio da viagem.
O barco só espera por aqueles que têm coragem de seguir sem medos, de se arriscar até nas tempestades mais fortes. Não é um navio, é apenas um barquinho. Mas se bem conduzido, chegará concerteza a bom porto.
Caso o casco se parta, não faltarão mão para o concertar e evitar que este afunde.
Não é a vida como um barquinho destes?

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Hoje, agora, adeus.

Um novo horizonte.
Uma janela por abrir.
Uma vida pela frente.
Uma vida para sorrir.
Acabou para mim.
Acabaste em mim.
Vou seguir
Vou partir
Vou procurar
E encontrar.
Vou viver
Hoje.
Vou sentir
E respirar
Hoje.
Agora.
Aqui.
Foste.
Não és.
Mas serei
Feliz.
Adeus.

domingo, 23 de setembro de 2007

Poque não quero

Porque é que continuo a pensar no mesmo?
Porque é que tento ignorar a falta que me fazes e mesmo assim não consigo?
Porque é que tento olhar em frente em busca de outra luz e a unica coisa que consigo fazer é olhar para trás?
Porque é que não me deixas viver, olhar para aquele amanhã que tantas vezes falo e que tão longe de mim está?
Tão longe como tu...como tu insistes em estar, todos os dias.
Continua a haver vida sem ti, o Sol não deixa de brilhar por aqui não estares, os dias continuam a ter as suas monótonas 24 horas. Mas mesmo assim falta alguma coisa.
E ainda assim eu continuo a olhar para trás, outra e outra vez.
Como se o meu futuro fosse sempre depender do nosso passado. Mas não é assim.
Eu quero e tento e grito, choro e imploro por ver algo mais que não tu, sentir alguma coisa que não seja por ti.
Tento mas no fundo não quero.
E nem com gritos mudos consigo calar o que vai cá dentro. Nem com lágrimas de fel apago o que cá está.
Deixas-me ir?...

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Arranca-o...ou fica

Arranca-o.
Tira-o de mim e vê o que ficou.
Não tenhas medo da dor. Essa já se foi. Mas o prego continua aqui, cravado, tal como o deixaste.
Arranca-o.
Tira-o de mim como fizeste com o meu coração. Porque ainda não mo devolveste?
Arranca-o, com cuidado, assim como cuidas de um amor que ainda escondes não sei onde nem porquê.
Quero-te aqui e agora, gravado, como ficaste.
Se um dia voltares, devolve-me esse coração, esse amor. Devolve-me tudo o que não me deixas ter agora.
Devolve-Me... e fica.

domingo, 16 de setembro de 2007

Time to grow

Vou viver
Respirar o mesmo ar que partilhámos
Um dia,
Que nos fez crescer
Juntos.

Vou crescer
Para conseguir esconder a dor
Que fica,
A dor que moi
Por assim ser.

Não vou esquecer
Amor
Não te vou esquecer
Mas preciso viver
Por ti, por mim.

Time to grow

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Perdi-te?

Perdi-te?
Fui contra tudo aquilo que sou para abrir este coração e dizer-te tudo o que estava cá dentro. Rendi-me, baixei as armas e entreguei tudo o que tinha. Qual foi a resposta que obtive? Um toque.
Perdi-te?
Cheguei ao final desta linha, uma linha de esperança e de lembranças que eram alimentadas pela confiança de uma palavra tua, uma palavra tua que não tive.
Perdi-te?
Perdi-te por pensar que te tinha perdido, quando ainda estavas aqui dentro escondido atrás deste muro que eu própria construí.
Perdi-te.
Perdi-te porque a força não chega para fazer alguma coisa. Eu espero, bem no fundo de tudo o que te disse, eu estarei a espera. Mas à espera de quê? Diz-me.
Apenas diz-me. Perdi-te?

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Voltas - amanhã

24 horas por dia, 365 dias por ano. Voltas e mais voltas de um mundo tão novo e tão velho.
Voltas que tantas vezes nos confundem, nos põem de pernas para o ar. Mas nós cá nos aguentamos. Mais 24 horas, mais 365 dias.
Nascemos, crescemos, vivemos e morremos.
Rimos, choramos, rezamos, insultamos, lutamos, desistimos, fugimos e escondemo-nos. Tentamos viver cada dia.
E de repente reparamos que há coisas que não fazem sentido, há voltas que não entendemos.
Então pensamos: “ok, amanhã vou perceber o porquê disto”. Mas amanhã, pode já ser tarde. Já passaram mais 24 horas, mais uma volta, e o mundo envelhece, envelhecemos com ele e nem damos por isso.
“Amanhã vou perceber”.
Claro que sim, enquanto houverem amanhãs vamos seguindo e diremos sempre o mesmo: - “amanhã vou perceber”.

Mais uma volta, mais um dia. Menos um nestes 365 que completam um ano.
Vamos viver antes que as voltas nos confundam e o mundo se torne velho demais para nos dar o amanhã em que iremos perceber.
Afinal, precisamos perceber tudo?

sábado, 1 de setembro de 2007

Com cada esquina do amor


Hoje gostava de vir escrever para ti, como tantas vezes tenho feito. Infelizmente não são essas palavras que me saem.
Gostava de conseguir perceber como pode o amor andar de boca em boca, de coração em coração, como se de uma peça de arte se tratasse. Menor ainda, um trapo. Um pano velho com que se limpa o pó deixado pelo trapo anterior, quando este já estava velho demais para conseguir limpar tudo.
Eu sei, que maneira injusta e cruel de ver o amor.

Porquê maltratá-lo se não foi ele que me magoou desta vez? Na verdade eu nem sei o que me fez chorar, o que me fez querer desaparecer daqui por curtos minutos que fossem, apenas para ter o prazer de acreditar de novo. Acreditar em mim e em ti.
Será injusto querer lutar, uma vez que seja, pelo que mais desejo para mim, sem olhar a quem quer que seja?
Preciso tanto perceber o meu caminho. Se assim aconteceu é porque assim tinha de ser. Mas porquê? Para pôr à prova tudo o que hoje consegui pôr em causa? Desculpa mas não percebo.
Mais uma encruzilhada, mais uma escolha, mais um passo em direcção…a quê mesmo?
Se a cada esquina eu tiver de chorar, se em cada caminho eu tiver de lutar, se em cada deserto eu tiver de esperar. Dai-me forças para acreditar. Dai-me forças para crer em mim.
Ajuda-me.

domingo, 26 de agosto de 2007

Obrigada


Obrigada.
Por me teres ouvido, por me desculpares...por existires.
E desculpa. Por não ter feito alguma coisa quando devia ter feito. Por não ter percebido aquilo que realmente é importante para mim.
A porta está aberta. Entra quando quiseres.
A.. ..

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Poder ou querer

Posso deixar que a alma me doa de tanto querer
Posso fingir que sou tua para não te perder
Posso pedir um mundo só para te ter
Posso esquecer
Posso viver
Posso seguir e não te ver
Posso mas não quero.
Quero esse amor
Quero um pouco do brilho de um sonhador
Quero a força de um conquistador
Quero o que sinto
Quero que sintas.
Posso partir ou ficar aqui.
Posso querer ou manter-te em mim.
Mas será que te posso esquecer?
Nunca.

sábado, 18 de agosto de 2007

Vou roubar esse ar


Será possível roubar dos céus um pouco daquele ar e daquela pureza natural?
É difícil manter a firmeza, o ar descontraído, a honestidade.
Pode ser passageiro, vai ser passageiro. Um dia vou melhorar de vez, vou-me curar desta doença que me alimenta todos os dias. Mas como qualquer gripe, basta um pouco mais de frio para voltar. Será sempre assim, como uma gripe. Vai e vem. Abre um pouco essa janela e eu espirro. Já está.
Vou respirar bem fundo, tentar roubar um pouco daquele ar. Ainda paira nele aquele cheiro…mais de um ano e meio depois e o aroma não se perdeu, nem mesmo com a distância.
Olho bem nas profundezas do mar à procura de algo novo e desconhecido. Procuro aquela frescura…aquela que ainda hoje recordo. Aquela que também tu me davas.
Estás em todo o lado!
“Mesmo que esteja longe, estou sempre aqui. Tu é que já não dás por isso há muito tempo”…

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Só um instante

Tantas vezes tentamos perceber o porquê das coisas, dar-lhes um sentido, um significado, uma razão. Será que tudo tem de ser racional na nossa vida, tem tudo de ter um significado imediato?
Então porque é que insistimos com tanta força em explicar tudo o que vemos, ouvimos, sentimos ou pensamos que sentimos?
Há quem diga que a ignorância pode trazer mais alegria que muita da sabedoria do mundo. Em parte pode ser verdade. Talvez fosse mais fácil não saber daquele beijo escondido atrás da escola, daquele pensamento na outra pessoa enquanto estão connosco.
Era mais fácil não saber que se lembram de nós, quando aqui não estão…
Pode ser que amanhã uma resposta surja, amanhã me sinta mais livre, mais solta. Menos presa a lembranças, a esperanças falsas.

Às vezes farto-me de ficar aqui. Farto-me de pensar em alguém que não vai estar do outro lado da Lua a pensar em mim. Fico cansada de tanto suspirar, de tanto chorar e suspirar por não saber porque certas coisas acontecem assim e agora. É algo que não consigo controlar, tão pouco compreender.
Posso fugir? Posso sair daqui por um instante mágico e conhecer outro mundo, outra gente, outro ‘Tu’ que não existe?
Porquê?
Porque tem de ser.
Porque assim aprendo. A esperar? A lutar?
Só quero um instante daquilo que ainda não tive tempo de possuir.
Porquê?
Porque é assim que tem de ser.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

O que falta...


"Falta alguma coisa..." - pois falta, vai faltar sempre "mas não é nada insubstituível"...grande mentira a minha.
Como se substitui a saudade?
Como se substituem aqueles momentos passados de mãos dadas?
Sinto falta de tudo isso, sim.
É tão cruel aquela ausência com que nos deparamos ao acordar, quando olhamos para o telemóvel e falta lá aquele toque, aquela mensagem a dizer "Bom dia". Mais cruel ainda é sentir que falta alguma coisa, mesmo quando estamos no meio de uma multidão de amigos. Falta aquele olhar, aquele sorriso.
Como posso eu dizer que isto algum dia se vai substituir? É tudo mentira.
Minto sempre que olho um pôr do Sol e digo que não estou a pensar em ti.
Minto sempre que vejo esta Lua enorme que hoje me ilumina e penso que tudo vai passar.
Minto e mentirei todos os dias numa tentativa de ser feliz, numa tentativa que esta máscara um dia me sirva e consiga disfarçar na perfeição tudo aquilo que sinto, tudo aquilo que tenho para te dizer e não digo.
Condena-me por isso se quiseres! Não fizeste o mesmo para conseguires seguir em frente?
Foi culpa minha, eu sei. "Segue a tua vida" - disse-te eu. E tu seguiste. "Mas eu voltei por ti"...
Além de mentirosa serei sempre culpada. Serão estes os dois maiores crimes. Não precisas condenar-me por isso.
Só gostava que este aperto me deixasse, me permitisse fazer como tu e seguir em frente.
Só gostava de poder ter-te ou não te ter nunca mais...

sábado, 28 de julho de 2007

Presente - posso?



Há coisas que simplesmente não são esquecidas.
Momentos, palavras, gestos ou olhares. Importam e marcam, ficam presentes para sempre.
Por muito que se escondam ou fujam, por muito que neguem, (não me negues, por favor).
Quero fazer parte dessa vida, pensar e sentir...quero apenas estar presente como sempre estive. E sentir-te presente como sempre estarás.
Posso?

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Asas



Já lá vai um tempo desde que demos um fim a isto.
Pois é, começa a ser apenas uma mera lembrança guardada em mais um livro de histórias. Mais um daqueles livros com relatos intensos e fúteis, de amor e de raiva, com um tempo e um espaço que se mantêm.
Mas sabes uma coisa? É tempo de abrir de novo as asas.
Não te vou deixar para trás, acredita que não.

No outro dia tive um sonho interessante. Era como se estivesse a reviver aquela tarde em que me viraste as costas pela segunda vez. Mas no sonho eu dizia-te o que te queria ter dito e não disse: “Eu vou amar-te para sempre, por muitas vezes que me vires as costas, porque o que somos não se apaga. E tu sabes o que somos.”. Era assim que acabava este sonho. Quebrava a promessa da palavra “sempre”. O mais estranho é que acordei a sorrir. Será por ter visto tão nitidamente o teu rosto e ter sentido o teu perfume como se estivesses ali? Foi sem dúvida uma boa lembrança. E é assim que se irá manter.
Paulo Coelho disse num dos seus livros que, quanto mais vezes contamos um facto da nossa vida, uma história, mais distante ela se torna de nós. E é assim que a guardamos como uma recordação. Deixa de doer, deixa de ferir.

Vou abrir as asas e voar daqui para fora, fechar de vez este livro.
Já não fere, às vezes dói, mas depois passa. Porque começas a ser, apenas, uma lembrança boa, daquelas que nos fazem sorrir.
Podes aparecer quando quiseres. Sabes que o teu lugar está guardado. E eu nunca te vou negar qualquer ajuda que precises. Tu sabes que não.E contigo consigo quebrar com as duas palavras: “sempre” e “nunca”. Sabes porquê?

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Still sober



Kelly Clarkson - Sober
Kelly Clarkson, Aben Eubanks, Jimmy Messer, Calamity McEntire

And I don't know
This could break my heart or save me
Nothing's real
Until you let go completely
So here I go with all my thoughts I've been saving
So here I go with all my fears weighing on me

Three months and I'm still sober
Picked all my weeds but kept the flowers
But I know it's never really over

And I don't know
I could crash and burn but maybe
At the end of this road I might catch a glimpse of me
So I won't worry about my timing, I want to get it
right
No comparing, second guessing, no not this time

Three months and I'm still breathing
Been a long road since those hands I left my tears in
but I know
It's never really over, no

Wake up

Three months and I'm still standing here
Three months and I'm getting better yeah
Three months and I still am

Three months and it's still harder now
Three months I've been living here without you now
Three months yeah, three months

Three months and I'm still breathing
Three months and I still remember it
Three months and I wake up

Three months and I'm still sober
Picked all my weeds but kept the flowers

segunda-feira, 2 de julho de 2007

O que somos?

Já não sonho contigo
Quero-te longe de mim,
Longe das feridas que deixaste
Longe do fim
Que nos deste.

“Odeias-me?”
Não te respondi
Como te posso odiar se não é essa a verdade?

Fazes-me chorar,
Levas-me ao fundo do fundo,
Levas-me deste mundo,
Mas fazes-me amar.

Ai como tu me conhecias…!
Acredito que o fomos
Um dia…
Um dia percebemos aquela história
E hoje, o que somos?


domingo, 29 de abril de 2007

Tantas palavras

Tanta coisa que fica por dizer
Tantas palavras que não consigo escrever
Porque o coração não deixa,
Porque a mão não quer escrever.

Sento-me aqui…sozinha,
Olho à volta à procura de uma luz,
Mas já é noite, culpa a minha.
A luz já se foi.

Procuro então uma caneta
E escrevo sem ver
Escrevo o que meus olhos não vêem
O que a minha alma quer.

As palavras saem.
Sinto-as percorrer a minha cabeça,
Chegarem aos meus dedos
Sem medos.

E continuo aqui no escuro
À espera que seja dia, um dia
Para que a luz me toque a alma,
Afugente o medo e me deixe escrever.

Porque a minha voz já não é calma.
Não quero gritar,
Por isso escrevo, como se estivesse a cantar

Com os dedos.

domingo, 15 de abril de 2007

E o mundo gira como quer


Como eu gostava
Que o mundo girasse num outro ritmo
De uma outra forma
Para o poder acompanhar.

Como eu gostava
Que o céu que se diz azul
Ganhasse forma
Para me poder acompanhar.

Como eu gostava
Que esta escuridão
Fosse um sonho
Ou apenas ilusão.

Como eu gostava
Que as coisas simples se complicasses
E as complicadas se simplificassem
Apenas por um dia,
Para as poder explicar.

…Como eu gostava
Que a vida fosse
Que a vida seja

O que é…simplesmente.

sábado, 14 de abril de 2007

O Bom e o Mau...


Será que há um sentimento suficientemente forte para encobrir ou apagar todos os sentimentos maus que sentimos e vemos todos os dias?
Sabemos que tudo é feito de opostos: amor/ódio, claro/escuro, tristeza/alegria. Podem até ser rotulados como “Bem” e “Mal”.
Então será que existe um sentimento bom assim tão forte que consiga esconder aquele sentimento mau que não queremos que se veja, que não queremos que se perceba, apenas porque, neste mundo, em cada esquina encontramos algo de mau, algum ódio profundo, alguma escuridão invisível, alguma tristeza inexplicável.
E depois parece que amor algum no mundo apaga aquela raiva e nenhuma luz ilumina aquela escuridão. Porque? Porque é que, quanto mais fundo se está, mais no fundo nos sentimos, sem meios para alcançar a superfície, a alegria, a felicidade ou apenas um simples sorriso que nos ilumine.
Porque é que o “Mal” prevalece com tanta facilidade sobre o bem?

Revolta
Tristeza
Profundezas de mim
Escuridão
Luz…de que eu preciso agora
Paz

E esperança.
Porque eu não quero continuar a cair nesta escuridão triste e odiosa.

sábado, 7 de abril de 2007

Within Temptation - Forgiven



Couldn’t save you from the start
Love you so it hurts my soul
Can you forgive me for trying again
Your silence makes me hold my breath
Time has passed you by
Oh, for so long I’ve tried to shield you from the world
Oh, you couldn’t face the freedom on your own
Here I am left in silence
You gave up the fight
You left me behind
All that’s done’s forgiven
You’ll always be mine
I know deep inside
All that’s done’s forgiven
I watched the clouds drifting away
Still the sun can’t warm my face
I know it was destined to go wrong
You were looking for the great escape
To chase your demons away
Oh, for so long I’ve tried to shield you from the world
Oh, you couldn’t face the freedom on your own
And here I am left in silence
You gave up the fight
You left me behind
All that’s done’s forgiven
You’ll always be mineI know deep inside
All that’s done’s forgiven
I’ve been so lost since you’ve gone
Why not me before you?
Why did fate deceive me?
Everything turned out so wrong
Why did you leave me in silence?
You gave up the fight
You left me behind
All that’s done’s forgiven
You’ll always be mineI know deep inside
All that’s done’s forgiven.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

...


Odeio-te
Pela maneira como deitaste fora 5 anos de amizade.
Odeio-te
Por não teres lutado por nós.
Odeio-te
Por teres ido quando eu precisava de ti aqui.
Odeio-te
Porque só te consigo odiar nestes momentos.
Odeio-te
Simplesmente porque não é isso que eu sinto...
E porque não o percebeste a tempo.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Doeu


Sabes o que acontece sempre que grito e choro, este choro insuportável e mudo que ninguém ouve, nem mesmo tu?
O mundo gira, o tempo voa...eu olho à volta e não te vejo, não te sinto, não sinto o que sentia.
É desesperante, deveras esgotante.

Eu grito em silêncio. Choro lágrimas de dor, lágrimas de saudade ou de esperança.
Quantas vezes disseste "sempre", quantas vezes acreditei em ti e naquele olhar. Aquele olhar que só nós conhecemos, aquele que pensei apenas a nós pertencer. Mas afinal não.
As pessoas enganam-se, enganam-me. E depois desculpam-se. Como se houvesse alguma coisa a desculpar.

Afinal de contas, cada um segue uma trilha.

Não sei porquê, não sei como nem quando, mas as coisas mudam. E mudaram. Tu sabes disso e eu também.
Não sei se foste tu ou se fui eu...talvés tenhamos sido os dois...talvés a culpa não seja nossa.
Porque não é certo culparmo-nos pelo que já passou.

Existem marcas que se gravam na pedra, outras que se escrevem na areia. E não depende de nós. Não somos nós que escrevemos, não somos nós que escolhemos o que fica e o que vai. Mas tu foste.
E aí a escolha foi tua. Foi essa a grande marca que me deixaste para sempre, foi esse o motivo.
Um dia vais perceber, eu sei que sim. Porque sofremos e sofremos e a cada dia que passa a dor aumenta, a saudade sufoca e o medo sobrepõe-se a tudo o que é belo, a tudo o que é querido enquanto existe ou está vivo.

E eu volto a gritar. Aquele grito surdo e mudo que cala o mundo, que me cala a mim e que esconde de ti e de mim o que somos, o que seremos.

Porque o "sempre" é incerto mas o futuro existe.
********

domingo, 1 de abril de 2007

Escrever...


É dificil...muitas vezes é dificil saber sobre o que escrever e como escrever aquilo que realmente queremos dizer.
Mas assim como tantas vezes é dificil, outras é tão simples que chega a ser assustador. Ouvimos uma musica e, sem explicação aparente, apetece-nos escrever...pegamos numa caneta e num papel e as letras surgem, uma a uma...vão formando palavras, depois frases. Às tantas já nem somos capazes controlar a velocidade do nosso pensamento e a velocidade com que a nossa mão transforma esse pensamento em algo sólido e visível.
Então, de um momento para o outro, de forma tao inesperada com começou, paramos de escrever. Olhamos para o papel e vemos o quanto escrevemos. E quando lemos..."uau, fui mesmo eu que escrevi isto?".
Pois é. Haverá explicação para isto?
Há quem diga que a escrita pode ser uma forma de relaxamento, de meditação, de contacto com o "eu". Será mesmo?
Enfim, o que é certo é que já foi para mim, tantas vezes, uma forma de escape, uma descentralização do mundo, uma fuga a tudo aquilo que sentia, uma maneira de não ter de dizer a quem quer que fosse o que se passava cá dentro.
Sejam poemas ou textos, dedicatórias ou desabafos, pensamentos ou o que for, em portugues ou ingles, não importa. São autenticas reliquias. São sempre um pouquinho de nós, um pouco do que somos ou já fomos, parte talves daquilo que seremos.
Porque a arte de escrever será sempre um mistério para mim. E é isso que a torna tao intensa.
********

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Vazio...

Como se nos teus olhos pudesse mergulhar
Perceber o mais profundo dos sentimentos
E nao esconder o que se transmite num olhar,
Na simplicidade daqueles momentos.
Apenas dois, é o número certo
São precisas apenas duas pessoas para sonhar,
Dois segundos para me apaixonar,
Para te sentir um pouco mais perto.
Consegues ver o que eu vejo?
Sentir o que eu sinto cada vez...
Cada vez que estamos juntos?
É bom saber que alguém sente
E partilha cada sorriso.
Que sente o que sentimos sempre,
que pensa no que estamos a pensar,
Sonha com o que estamos a sonhar...
É bom pensar que existe o paraiso
Mesmo por detrás das núvens escuras
Que insistem em tapar
O Sol, o Brilho, a Lua...
É bom quando vemos aquela luz
Aquela que nos diz que és tu.
Como eu detesto sentir o vazio,
O frio que gela tudo o que gosto de sentir
E que me faz querer fugir para longe,
Para longe daqui.

terça-feira, 9 de janeiro de 2007

Gostava

Gostava.
Gostava de ter coragem de mudar, de afirmar com convicção que quero isto ou aquilo e conseguir fazê-lo.
Gostava de saber amar alguém.
Gostava de saber que estou apaixonada neste momento.
Gostava que todos à minha volta tivessem razão.
Gostava de encontrar um olhar que me dissesse que sim.
Gostava de poder voar para bem longe, de dizer tudo aquilo que mais quero dizer, fazer as coisas mais extraordinárias.
Gostava de sonhar que sou feliz, que um dia saberei o que isso é.
Gostava de encontrar um lugar seguro para ficar.
Gostava de querer certas coisas, de ter certeza de certas coisas que não tenho.
E gostava apenas de gostar. De mim, de ti, daquele velho que passa na esquina ou da criança que corre no parque.
Gostava que tudo isto fosse verdade.