terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Corrente de ar



Onde está aquele vento que levará os restos que insisto em guardar?
Por onde andará essa corrente de ar que abrirá de novo aquela janela velha, perra, que fechada se mantém dia e noite, com chuva, Sol, luar...
Parece que ando sempre à procura de alguma coisa. Procuro sempre, insisto-me em pensar que um dia encontrarei o príncipe encantado que dizem não existir, a luz no meio da escoridão quando penso que estou perdida, o caminho certo no meio de tantos, a ponte que me ligará ao que mais quero e que nem eu sei o que é. As certezas... as certezas que eu procuro constantemente.

Desta vez quero uma corrente de ar. Uma autêntica ventania que revolva todas as minhas certezas, tudo aquilo que planeei, tudo aquilo que acho que está certo, todos os meus hábitos!
Uma ventania que traga novos cheiros, novos olhares (escondidos nesses olhos), uma aragem forte que seja a mudança da minha vida.
Vou aproveitar um dos desejos para o próximo ano e pedir exactamente isto.
Que alguma coisa mude.
Que mude tudo!
Que seja diferente.
Que eu queira e consiga.
Que valha a pena. E que eu saiba... sim, que eu saiba.