domingo, 26 de agosto de 2007

Obrigada


Obrigada.
Por me teres ouvido, por me desculpares...por existires.
E desculpa. Por não ter feito alguma coisa quando devia ter feito. Por não ter percebido aquilo que realmente é importante para mim.
A porta está aberta. Entra quando quiseres.
A.. ..

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Poder ou querer

Posso deixar que a alma me doa de tanto querer
Posso fingir que sou tua para não te perder
Posso pedir um mundo só para te ter
Posso esquecer
Posso viver
Posso seguir e não te ver
Posso mas não quero.
Quero esse amor
Quero um pouco do brilho de um sonhador
Quero a força de um conquistador
Quero o que sinto
Quero que sintas.
Posso partir ou ficar aqui.
Posso querer ou manter-te em mim.
Mas será que te posso esquecer?
Nunca.

sábado, 18 de agosto de 2007

Vou roubar esse ar


Será possível roubar dos céus um pouco daquele ar e daquela pureza natural?
É difícil manter a firmeza, o ar descontraído, a honestidade.
Pode ser passageiro, vai ser passageiro. Um dia vou melhorar de vez, vou-me curar desta doença que me alimenta todos os dias. Mas como qualquer gripe, basta um pouco mais de frio para voltar. Será sempre assim, como uma gripe. Vai e vem. Abre um pouco essa janela e eu espirro. Já está.
Vou respirar bem fundo, tentar roubar um pouco daquele ar. Ainda paira nele aquele cheiro…mais de um ano e meio depois e o aroma não se perdeu, nem mesmo com a distância.
Olho bem nas profundezas do mar à procura de algo novo e desconhecido. Procuro aquela frescura…aquela que ainda hoje recordo. Aquela que também tu me davas.
Estás em todo o lado!
“Mesmo que esteja longe, estou sempre aqui. Tu é que já não dás por isso há muito tempo”…

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Só um instante

Tantas vezes tentamos perceber o porquê das coisas, dar-lhes um sentido, um significado, uma razão. Será que tudo tem de ser racional na nossa vida, tem tudo de ter um significado imediato?
Então porque é que insistimos com tanta força em explicar tudo o que vemos, ouvimos, sentimos ou pensamos que sentimos?
Há quem diga que a ignorância pode trazer mais alegria que muita da sabedoria do mundo. Em parte pode ser verdade. Talvez fosse mais fácil não saber daquele beijo escondido atrás da escola, daquele pensamento na outra pessoa enquanto estão connosco.
Era mais fácil não saber que se lembram de nós, quando aqui não estão…
Pode ser que amanhã uma resposta surja, amanhã me sinta mais livre, mais solta. Menos presa a lembranças, a esperanças falsas.

Às vezes farto-me de ficar aqui. Farto-me de pensar em alguém que não vai estar do outro lado da Lua a pensar em mim. Fico cansada de tanto suspirar, de tanto chorar e suspirar por não saber porque certas coisas acontecem assim e agora. É algo que não consigo controlar, tão pouco compreender.
Posso fugir? Posso sair daqui por um instante mágico e conhecer outro mundo, outra gente, outro ‘Tu’ que não existe?
Porquê?
Porque tem de ser.
Porque assim aprendo. A esperar? A lutar?
Só quero um instante daquilo que ainda não tive tempo de possuir.
Porquê?
Porque é assim que tem de ser.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

O que falta...


"Falta alguma coisa..." - pois falta, vai faltar sempre "mas não é nada insubstituível"...grande mentira a minha.
Como se substitui a saudade?
Como se substituem aqueles momentos passados de mãos dadas?
Sinto falta de tudo isso, sim.
É tão cruel aquela ausência com que nos deparamos ao acordar, quando olhamos para o telemóvel e falta lá aquele toque, aquela mensagem a dizer "Bom dia". Mais cruel ainda é sentir que falta alguma coisa, mesmo quando estamos no meio de uma multidão de amigos. Falta aquele olhar, aquele sorriso.
Como posso eu dizer que isto algum dia se vai substituir? É tudo mentira.
Minto sempre que olho um pôr do Sol e digo que não estou a pensar em ti.
Minto sempre que vejo esta Lua enorme que hoje me ilumina e penso que tudo vai passar.
Minto e mentirei todos os dias numa tentativa de ser feliz, numa tentativa que esta máscara um dia me sirva e consiga disfarçar na perfeição tudo aquilo que sinto, tudo aquilo que tenho para te dizer e não digo.
Condena-me por isso se quiseres! Não fizeste o mesmo para conseguires seguir em frente?
Foi culpa minha, eu sei. "Segue a tua vida" - disse-te eu. E tu seguiste. "Mas eu voltei por ti"...
Além de mentirosa serei sempre culpada. Serão estes os dois maiores crimes. Não precisas condenar-me por isso.
Só gostava que este aperto me deixasse, me permitisse fazer como tu e seguir em frente.
Só gostava de poder ter-te ou não te ter nunca mais...