domingo, 29 de abril de 2007

Tantas palavras

Tanta coisa que fica por dizer
Tantas palavras que não consigo escrever
Porque o coração não deixa,
Porque a mão não quer escrever.

Sento-me aqui…sozinha,
Olho à volta à procura de uma luz,
Mas já é noite, culpa a minha.
A luz já se foi.

Procuro então uma caneta
E escrevo sem ver
Escrevo o que meus olhos não vêem
O que a minha alma quer.

As palavras saem.
Sinto-as percorrer a minha cabeça,
Chegarem aos meus dedos
Sem medos.

E continuo aqui no escuro
À espera que seja dia, um dia
Para que a luz me toque a alma,
Afugente o medo e me deixe escrever.

Porque a minha voz já não é calma.
Não quero gritar,
Por isso escrevo, como se estivesse a cantar

Com os dedos.

domingo, 15 de abril de 2007

E o mundo gira como quer


Como eu gostava
Que o mundo girasse num outro ritmo
De uma outra forma
Para o poder acompanhar.

Como eu gostava
Que o céu que se diz azul
Ganhasse forma
Para me poder acompanhar.

Como eu gostava
Que esta escuridão
Fosse um sonho
Ou apenas ilusão.

Como eu gostava
Que as coisas simples se complicasses
E as complicadas se simplificassem
Apenas por um dia,
Para as poder explicar.

…Como eu gostava
Que a vida fosse
Que a vida seja

O que é…simplesmente.

sábado, 14 de abril de 2007

O Bom e o Mau...


Será que há um sentimento suficientemente forte para encobrir ou apagar todos os sentimentos maus que sentimos e vemos todos os dias?
Sabemos que tudo é feito de opostos: amor/ódio, claro/escuro, tristeza/alegria. Podem até ser rotulados como “Bem” e “Mal”.
Então será que existe um sentimento bom assim tão forte que consiga esconder aquele sentimento mau que não queremos que se veja, que não queremos que se perceba, apenas porque, neste mundo, em cada esquina encontramos algo de mau, algum ódio profundo, alguma escuridão invisível, alguma tristeza inexplicável.
E depois parece que amor algum no mundo apaga aquela raiva e nenhuma luz ilumina aquela escuridão. Porque? Porque é que, quanto mais fundo se está, mais no fundo nos sentimos, sem meios para alcançar a superfície, a alegria, a felicidade ou apenas um simples sorriso que nos ilumine.
Porque é que o “Mal” prevalece com tanta facilidade sobre o bem?

Revolta
Tristeza
Profundezas de mim
Escuridão
Luz…de que eu preciso agora
Paz

E esperança.
Porque eu não quero continuar a cair nesta escuridão triste e odiosa.

sábado, 7 de abril de 2007

Within Temptation - Forgiven



Couldn’t save you from the start
Love you so it hurts my soul
Can you forgive me for trying again
Your silence makes me hold my breath
Time has passed you by
Oh, for so long I’ve tried to shield you from the world
Oh, you couldn’t face the freedom on your own
Here I am left in silence
You gave up the fight
You left me behind
All that’s done’s forgiven
You’ll always be mine
I know deep inside
All that’s done’s forgiven
I watched the clouds drifting away
Still the sun can’t warm my face
I know it was destined to go wrong
You were looking for the great escape
To chase your demons away
Oh, for so long I’ve tried to shield you from the world
Oh, you couldn’t face the freedom on your own
And here I am left in silence
You gave up the fight
You left me behind
All that’s done’s forgiven
You’ll always be mineI know deep inside
All that’s done’s forgiven
I’ve been so lost since you’ve gone
Why not me before you?
Why did fate deceive me?
Everything turned out so wrong
Why did you leave me in silence?
You gave up the fight
You left me behind
All that’s done’s forgiven
You’ll always be mineI know deep inside
All that’s done’s forgiven.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

...


Odeio-te
Pela maneira como deitaste fora 5 anos de amizade.
Odeio-te
Por não teres lutado por nós.
Odeio-te
Por teres ido quando eu precisava de ti aqui.
Odeio-te
Porque só te consigo odiar nestes momentos.
Odeio-te
Simplesmente porque não é isso que eu sinto...
E porque não o percebeste a tempo.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Doeu


Sabes o que acontece sempre que grito e choro, este choro insuportável e mudo que ninguém ouve, nem mesmo tu?
O mundo gira, o tempo voa...eu olho à volta e não te vejo, não te sinto, não sinto o que sentia.
É desesperante, deveras esgotante.

Eu grito em silêncio. Choro lágrimas de dor, lágrimas de saudade ou de esperança.
Quantas vezes disseste "sempre", quantas vezes acreditei em ti e naquele olhar. Aquele olhar que só nós conhecemos, aquele que pensei apenas a nós pertencer. Mas afinal não.
As pessoas enganam-se, enganam-me. E depois desculpam-se. Como se houvesse alguma coisa a desculpar.

Afinal de contas, cada um segue uma trilha.

Não sei porquê, não sei como nem quando, mas as coisas mudam. E mudaram. Tu sabes disso e eu também.
Não sei se foste tu ou se fui eu...talvés tenhamos sido os dois...talvés a culpa não seja nossa.
Porque não é certo culparmo-nos pelo que já passou.

Existem marcas que se gravam na pedra, outras que se escrevem na areia. E não depende de nós. Não somos nós que escrevemos, não somos nós que escolhemos o que fica e o que vai. Mas tu foste.
E aí a escolha foi tua. Foi essa a grande marca que me deixaste para sempre, foi esse o motivo.
Um dia vais perceber, eu sei que sim. Porque sofremos e sofremos e a cada dia que passa a dor aumenta, a saudade sufoca e o medo sobrepõe-se a tudo o que é belo, a tudo o que é querido enquanto existe ou está vivo.

E eu volto a gritar. Aquele grito surdo e mudo que cala o mundo, que me cala a mim e que esconde de ti e de mim o que somos, o que seremos.

Porque o "sempre" é incerto mas o futuro existe.
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domingo, 1 de abril de 2007

Escrever...


É dificil...muitas vezes é dificil saber sobre o que escrever e como escrever aquilo que realmente queremos dizer.
Mas assim como tantas vezes é dificil, outras é tão simples que chega a ser assustador. Ouvimos uma musica e, sem explicação aparente, apetece-nos escrever...pegamos numa caneta e num papel e as letras surgem, uma a uma...vão formando palavras, depois frases. Às tantas já nem somos capazes controlar a velocidade do nosso pensamento e a velocidade com que a nossa mão transforma esse pensamento em algo sólido e visível.
Então, de um momento para o outro, de forma tao inesperada com começou, paramos de escrever. Olhamos para o papel e vemos o quanto escrevemos. E quando lemos..."uau, fui mesmo eu que escrevi isto?".
Pois é. Haverá explicação para isto?
Há quem diga que a escrita pode ser uma forma de relaxamento, de meditação, de contacto com o "eu". Será mesmo?
Enfim, o que é certo é que já foi para mim, tantas vezes, uma forma de escape, uma descentralização do mundo, uma fuga a tudo aquilo que sentia, uma maneira de não ter de dizer a quem quer que fosse o que se passava cá dentro.
Sejam poemas ou textos, dedicatórias ou desabafos, pensamentos ou o que for, em portugues ou ingles, não importa. São autenticas reliquias. São sempre um pouquinho de nós, um pouco do que somos ou já fomos, parte talves daquilo que seremos.
Porque a arte de escrever será sempre um mistério para mim. E é isso que a torna tao intensa.
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