quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Apenas. Ponto.

Apenas.
Como uma brisa suave e escondida.
Ponto.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Simples

"Fica tão fácil entregar a alma, a quem nos traga um sopro do deserto"

Fica tão fácil querer quando não se tem, pedir quando se quer dar... sonhar quando se quer acordar.

Fica tão fácil sentir quando se vê, ver-se quando se tem, ter... quando se deseja.

Fica tão fácil desejar o impossível, acreditar no improvável, adorar... o inexplicável.

Difícil mesmo é dizer, arriscar e ser feliz.

sábado, 22 de dezembro de 2007

Eu vou tentar. Juro.

Eu vou tentar. Juro.
Vou tentar ser feliz.
Aceitar aquilo que sinto.
Aceitar que ainda sinto.
Vou tentar ver.
Vou-me esforçar por acreditar e por querer.

Eu vou tentar.
Fazer com que cresça
E o resto se apague.
Vou acabar com esta luta
E que vença o melhor.
Vou querer... e ser feliz.
Eu juro.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Outra folha caiu

Hoje estive naquele banco. Parei e olhei para onde costumávamos olhar.
Mais uma folha caiu.
Olhei para o mesmo céu de antes, aquele que há milhões de anos em pouco se altera. Continuam lá as mesmas estrelas, as mesmas árvores, as mesmas folhas caídas...o mesmo frio.
Mas mais uma folha caiu.
Faltava lá o lugar que ocupavas, que deixaste vazio de tudo.
O banco envelheceu, assim como tudo à sua volta, incluindo eu.
E outra folha caiu, tão depressa como estes meses e anos que hoje recordo.
E a Lua deitada, na sua inocência, permanece ali naquele espaço que antes olhávamos vazio e que hoje, vazia, olhei em silêncio e sorri.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Desabafos

Cansada...
De tudo o que me enxe e não transbora porque não pode.
Um cansaço que mói, que suga de mim todas as forças que tenho e que não tenho.
Cansada da incompreensão, do desespero dos outros, da dor que não se vai.
Estou cansada de mim, cansada de esperar pelo dia certo para agir, pelo dia certo para ser alguém.
Cansada de empilhar tanto tijolo, na esperança vã de construir alguma coisa que não sei bem o que é. Na volta estou a contruir as paredes da minha própria clausura, não da liberdade desejada.
Só quero que Me digas que tudo se resolve e que o cansaço passa.
Só quero que Me mostres...que Me digas que sou capaz.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Era uma vez...

Era uma vez...
Assim começam as mais belas histórias de encantar, aquelas que crescemos a ouvir, que nos ensinaram a acreditar.
Era uma vez...
Marca um início. Quantos inícios teremos na vida?
Quantas vezes podemos começar... e sentir?
Era uma vez...
Com príncipes e fadas... cavalos voadores e núvens de mil e uma cores.

Era uma vez... começamos de novo?

...

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Até lá chegar...

Há coisas que não se explicam, apenas se sentem.
Há sentimentos que não se sentem, apenas surgem, emergem do mais profundo de nós como se de uma fonte se tratasse.
E por ali ficam, percorrem-nos por dentro, por vezes transbordam num sorriso ou numa lágrima.
Um dia acordamos e vemos o mundo mais brilhante. Até uma simples gota de chuva nos faz sorrir.
Onde anda esse brilho e essa água dessa fonte?
Como num passo de mágia, tudo muda, tudo gira...luzes surgem no caminho que pisamos, iluminam, aquecem. E nós percorremos, felizes, essa estrada que nos é dada, que construímos a cada tropeço, a cada queda, a cada vitória e a cada derrota.
Debaixo dos nossos pés, mais uma tábua surge para nos segurar.
Até àquele dia em que caminhamos juntos, suportamos o peso do outro como se do nosso se tratasse.
Caminhamos em direcção ao que sonhámos (sonhamos?).
Aguentamos com o peso do mundo, do nosso mundo, talvés.
Até chegarmos (onde?).
E por lá ficamos.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Que seja


Os dias e as horas passam e a cada uma delas tudo se torna mais confuso, mais turvo, mais estranho.
Cada vez mais me pergunto, "qual é o sentido da vida?", "para que estamos aqui?". Perguntas e mais perguntas sem resposta, tantas vezes sem nexo.
Mas eu continuo nesta busca, numa procura incessante por um sentido para as coisas e principalmente para a minha própria vida.
Não compreendo o porquê das coisas, tão pouco sei porque estou aqui.
E então?
Continuo sempre em frente até um dia ter respostas, até um dia conseguir explicar o que sinto e o que tenho, o que faço e o que quero.
Infelizmente há perguntas sem resposta, há coisas que não se podem explicar, coisas que não posso dizer.
É um sufoco, sem dúvida...mas tenho de continuar e aprender a viver com isso. Se esse realmente for o sentido da minha existência...que assim seja.

Que assim seja se assim tiver de ser...