Há coisas que não se explicam, apenas se sentem. Há sentimentos que não se sentem, apenas surgem, emergem do mais profundo de nós como se de uma fonte se tratasse.
E por ali ficam, percorrem-nos por dentro, por vezes transbordam num sorriso ou numa lágrima.
Um dia acordamos e vemos o mundo mais brilhante. Até uma simples gota de chuva nos faz sorrir.
Onde anda esse brilho e essa água dessa fonte?
Como num passo de mágia, tudo muda, tudo gira...luzes surgem no caminho que pisamos, iluminam, aquecem. E nós percorremos, felizes, essa estrada que nos é dada, que construímos a cada tropeço, a cada queda, a cada vitória e a cada derrota.
Debaixo dos nossos pés, mais uma tábua surge para nos segurar.
Até àquele dia em que caminhamos juntos, suportamos o peso do outro como se do nosso se tratasse.
Caminhamos em direcção ao que sonhámos (sonhamos?).
Aguentamos com o peso do mundo, do nosso mundo, talvés.
Até chegarmos (onde?).
E por lá ficamos.