quarta-feira, 6 de agosto de 2014

A mudança

Quero tanto esta mudança, mas tenho tanto medo de tudo. Tenho medo do que deixo, medo do que vou encontrar num sitio desconhecido... Mas aqui até de mim já tenho medo. Tenho medo da pessoa que me estou a tornar.
Não quero mais estar acomodada a uma vida que não me satisfaz, que não me deixa feliz. Parada num sitio com tanto para oferecer, mas que já tanto me tirou.
Estou perdida... Sim, estou perdida porque me deixaste sem nada e uma parte de mim continua sentada naquele sofá, como naquela noite em que me tiraste tudo.
E agora dizes-me que tenho de agir porque assim apenas estou apenas a sobreviver porque respiro. Isto já não é viver. Uau... Afinal também me tiraste a capacidade de viver...
Mas sabes uma coisa? Tenho sido forte para aguentar tudo: para acreditar, para esperar, para te apoiar mesmo depois de tudo, para continuar aqui a lutar, espero eu, por um futuro melhor. E sabes que mais? Vou conseguir tudo aquilo que mereço. Vou ser feliz. Vou continuar a lutar, a respirar para sobreviver até me conseguir encontrar de novo e viver a vida que quero para mim.
Não sei como, não sei quando. Não sei nada. Mas vou conseguir.
Sem promessas. Não te garanto que esteja aqui como sei que poderás deixar de estar, um dia. Não quero odiar-te como não quero que me odeies por nada, porque só esse sentimento será capaz de acabar com aquele que julgo ser eterno.

Agora vou seguir. Mais uma noite a dormir pouco, a pensar em mil e uma maneiras de sair daqui, de fazer o mais certo, no tempo certo.

Que se faça luz para esta cabeça, por favor.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Até quando?


"Valeu a pena" dizia eu. Sim, valeu a pena. Mas acabou. Outra vez. Mais uma vez. Para sempre?
- Não. - respondes-me tu.
E então? Queres uma vida nova, um rumo diferente, uma relação renovadora que te faça crescer. E então, pergunto-te eu. Nem sequer vou falar de mim. De como me deixaste, uma vez mais, sem chão, sem ar, sem nada (literalmente sem nada). Não importa. Ao que parece a culpa foi minha porque deixei, porque acreditei, porque tentei. E sabes que mais? Faria tudo de novo.
Sim, faria tudo de novo. Porque valeu a pena. Porque foi um dos anos mais difíceis mas também mais felizes da minha vida. E foi contigo ao meu lado.

Eu sei que ando a bater nesta mesma tecla há tantos e tantos anos. Eu sei que esta esperança estúpida já devia ter morrido há muito. Eu sei! Mas bolas... nem tu deixas nem eu quero. Nem tu queres nem eu deixo. Como é que isto é possível? Não queremos desaparecer da vida um do outro, não queremos deixar de falar, não queremos deixar de ser amigos... mas também não queres ficar comigo. Não queres ficar comigo. É este o maior punhal de todo... Tu não queres. Ficar comigo.

Por isso, o que fazemos? Tu vais à tua vida, em busca do que é melhor para ti. E eu... Eu vou em busca de mim. Vou em busca do que me faça feliz e talvez de alguém que queira, realmente, lutar por mim e estar comigo.

Alguém sabe onde fica o botão off dos sentimentos?