domingo, 23 de setembro de 2007

Poque não quero

Porque é que continuo a pensar no mesmo?
Porque é que tento ignorar a falta que me fazes e mesmo assim não consigo?
Porque é que tento olhar em frente em busca de outra luz e a unica coisa que consigo fazer é olhar para trás?
Porque é que não me deixas viver, olhar para aquele amanhã que tantas vezes falo e que tão longe de mim está?
Tão longe como tu...como tu insistes em estar, todos os dias.
Continua a haver vida sem ti, o Sol não deixa de brilhar por aqui não estares, os dias continuam a ter as suas monótonas 24 horas. Mas mesmo assim falta alguma coisa.
E ainda assim eu continuo a olhar para trás, outra e outra vez.
Como se o meu futuro fosse sempre depender do nosso passado. Mas não é assim.
Eu quero e tento e grito, choro e imploro por ver algo mais que não tu, sentir alguma coisa que não seja por ti.
Tento mas no fundo não quero.
E nem com gritos mudos consigo calar o que vai cá dentro. Nem com lágrimas de fel apago o que cá está.
Deixas-me ir?...

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Arranca-o...ou fica

Arranca-o.
Tira-o de mim e vê o que ficou.
Não tenhas medo da dor. Essa já se foi. Mas o prego continua aqui, cravado, tal como o deixaste.
Arranca-o.
Tira-o de mim como fizeste com o meu coração. Porque ainda não mo devolveste?
Arranca-o, com cuidado, assim como cuidas de um amor que ainda escondes não sei onde nem porquê.
Quero-te aqui e agora, gravado, como ficaste.
Se um dia voltares, devolve-me esse coração, esse amor. Devolve-me tudo o que não me deixas ter agora.
Devolve-Me... e fica.

domingo, 16 de setembro de 2007

Time to grow

Vou viver
Respirar o mesmo ar que partilhámos
Um dia,
Que nos fez crescer
Juntos.

Vou crescer
Para conseguir esconder a dor
Que fica,
A dor que moi
Por assim ser.

Não vou esquecer
Amor
Não te vou esquecer
Mas preciso viver
Por ti, por mim.

Time to grow

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Perdi-te?

Perdi-te?
Fui contra tudo aquilo que sou para abrir este coração e dizer-te tudo o que estava cá dentro. Rendi-me, baixei as armas e entreguei tudo o que tinha. Qual foi a resposta que obtive? Um toque.
Perdi-te?
Cheguei ao final desta linha, uma linha de esperança e de lembranças que eram alimentadas pela confiança de uma palavra tua, uma palavra tua que não tive.
Perdi-te?
Perdi-te por pensar que te tinha perdido, quando ainda estavas aqui dentro escondido atrás deste muro que eu própria construí.
Perdi-te.
Perdi-te porque a força não chega para fazer alguma coisa. Eu espero, bem no fundo de tudo o que te disse, eu estarei a espera. Mas à espera de quê? Diz-me.
Apenas diz-me. Perdi-te?

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Voltas - amanhã

24 horas por dia, 365 dias por ano. Voltas e mais voltas de um mundo tão novo e tão velho.
Voltas que tantas vezes nos confundem, nos põem de pernas para o ar. Mas nós cá nos aguentamos. Mais 24 horas, mais 365 dias.
Nascemos, crescemos, vivemos e morremos.
Rimos, choramos, rezamos, insultamos, lutamos, desistimos, fugimos e escondemo-nos. Tentamos viver cada dia.
E de repente reparamos que há coisas que não fazem sentido, há voltas que não entendemos.
Então pensamos: “ok, amanhã vou perceber o porquê disto”. Mas amanhã, pode já ser tarde. Já passaram mais 24 horas, mais uma volta, e o mundo envelhece, envelhecemos com ele e nem damos por isso.
“Amanhã vou perceber”.
Claro que sim, enquanto houverem amanhãs vamos seguindo e diremos sempre o mesmo: - “amanhã vou perceber”.

Mais uma volta, mais um dia. Menos um nestes 365 que completam um ano.
Vamos viver antes que as voltas nos confundam e o mundo se torne velho demais para nos dar o amanhã em que iremos perceber.
Afinal, precisamos perceber tudo?

sábado, 1 de setembro de 2007

Com cada esquina do amor


Hoje gostava de vir escrever para ti, como tantas vezes tenho feito. Infelizmente não são essas palavras que me saem.
Gostava de conseguir perceber como pode o amor andar de boca em boca, de coração em coração, como se de uma peça de arte se tratasse. Menor ainda, um trapo. Um pano velho com que se limpa o pó deixado pelo trapo anterior, quando este já estava velho demais para conseguir limpar tudo.
Eu sei, que maneira injusta e cruel de ver o amor.

Porquê maltratá-lo se não foi ele que me magoou desta vez? Na verdade eu nem sei o que me fez chorar, o que me fez querer desaparecer daqui por curtos minutos que fossem, apenas para ter o prazer de acreditar de novo. Acreditar em mim e em ti.
Será injusto querer lutar, uma vez que seja, pelo que mais desejo para mim, sem olhar a quem quer que seja?
Preciso tanto perceber o meu caminho. Se assim aconteceu é porque assim tinha de ser. Mas porquê? Para pôr à prova tudo o que hoje consegui pôr em causa? Desculpa mas não percebo.
Mais uma encruzilhada, mais uma escolha, mais um passo em direcção…a quê mesmo?
Se a cada esquina eu tiver de chorar, se em cada caminho eu tiver de lutar, se em cada deserto eu tiver de esperar. Dai-me forças para acreditar. Dai-me forças para crer em mim.
Ajuda-me.