Hoje gostava de vir escrever para ti, como tantas vezes tenho feito. Infelizmente não são essas palavras que me saem.
Gostava de conseguir perceber como pode o amor andar de boca em boca, de coração em coração, como se de uma peça de arte se tratasse. Menor ainda, um trapo. Um pano velho com que se limpa o pó deixado pelo trapo anterior, quando este já estava velho demais para conseguir limpar tudo.
Eu sei, que maneira injusta e cruel de ver o amor.
Porquê maltratá-lo se não foi ele que me magoou desta vez? Na verdade eu nem sei o que me fez chorar, o que me fez querer desaparecer daqui por curtos minutos que fossem, apenas para ter o prazer de acreditar de novo. Acreditar em mim e em ti.
Será injusto querer lutar, uma vez que seja, pelo que mais desejo para mim, sem olhar a quem quer que seja?
Preciso tanto perceber o meu caminho. Se assim aconteceu é porque assim tinha de ser. Mas porquê? Para pôr à prova tudo o que hoje consegui pôr em causa? Desculpa mas não percebo.
Mais uma encruzilhada, mais uma escolha, mais um passo em direcção…a quê mesmo?
Se a cada esquina eu tiver de chorar, se em cada caminho eu tiver de lutar, se em cada deserto eu tiver de esperar. Dai-me forças para acreditar. Dai-me forças para crer em mim.
Ajuda-me.
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