domingo, 6 de março de 2016

Adeus.

Foram precisos anos de negação, de crença de que seria possível sermos amigos, para hoje chegarmos aqui. Acreditei sempre em ti, sabes? Acreditei que podíamos ser o que achei que tínhamos sido por tantos anos. Que, no fundo, quando mais nada sobrasse e mesmo quando ambos tivéssemos as nossas vidas, poderíamos, ainda assim, ter-nos um ao outro; mas não.

Sabes quantas vezes me perguntei o que seria preciso acontecer para que eu te dissesse, finalmente, adeus? Nada parecia ser suficiente. Talvez porque sempre me prometeste que viesse quem viesse, eu seria sempre Eu. E eu queria fazer o mesmo. Manter-te naquele lugar importante na minha alma e na minha vida.
Afinal bastava isto; bastava ver que tens duas caras, que danças ao sabor da maré que te leva a melhor porto e que, se tudo o resto falhar, eu sou o ponto de abrigo. Era.

Pois é, agora acabou. Estou de fora a ver tudo, como se estivesse calmamente sentada numa nuvem lá bem no alto, a ver a nossa história. E vejo tudo. Mas já não sinto dor, nem ódio, nem raiva... nem amor. Acabou. Só quero que não tentes entrar outra vez na minha vida.

Adeus.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Reencontros


Não consigo parar de pensar nas nossas mãos juntas de novo, no calor da tua pele na minha de novo, no teu cheiro, no teu abraço apertado como que a querer unir estas duas almas de novo.

Não consigo parar de pensar no teu olhar triste, na forma como o teu riso me preenche por dentro, na paz que sinto no silêncio que tão bem sabemos suportar.

Quantos reencontros são precisos para se curar o passado? Quantos abraços são precisos para se perdoar para sempre?

Quantas vidas passaram para chegarmos aqui e, agora, estarmos separados por tantos erros? Quantas mais vidas virão para que possamos, enfim, ter a felicidade nas nossas mãos, nos nossos sorrisos, nos abraços diários, nos filhos que carregamos pela mão, na vida; a nossa vida juntos?

"Não trocava nada neste mundo pelo que senti quando te vi outra vez".

E a história continua.

sábado, 6 de junho de 2015

Segredo


Queria. Queria dizer-te o quanto ainda te amo. Queria dizer-te o quanto sinto a tua falta. Queria dizer-te o quanto gostava que lutasses por mim um última vez; e que desta vez fosse mesmo a última.
Queria.
Queria adormecer contigo outra vez. Queria olhar-te pela manhã com a certeza que iria acordar para te ver todos os dias da minha vida. 
Queria que fosse verdade. Queria que quisesses o mesmo. Queria que estivesses aqui agora.
Queria puder tocar a tua pele outra vez, para sentir aquele arrepio. Queria agarrar-te, abraçar-te e não te deixar mais partir. Queria que quisesses. Queria que tentasses e... 

Somos mais fortes separados, não é? Porquê? Porque é que tem de ser tão complicado? Porque é que não podemos apagar as más memórias, os sentimentos negativos, e deixar apenas isto. Sim, isto, este sentimento que ambos temos, que nos mantém ligados, que não nos deixa sossegar a alma. Porquê? Qual é o propósito disto, sabes?

Queria mais tempo. Queria perdoar. Queria resgatar-nos. Queria... Queria que a minha vida fizesse mais sentido sem ti.
Como eu queria que tudo fosse mais simples.
Como eu (te) queria.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Lembranças


As lembranças ainda parecem tão reais. O que vivémos e revivemos foi real, o que senti, o que sentiste, foi tudo real. Onde entraram as mentiras? Porque tiveram de existir mentiras para estragar tudo o que era tão puro?
Sabes bem que acreditava em ti incondicionalmente. Acreditava em tudo: no olhar, no toque, nas palavras, nos gestos diários que me punham um sorriso na cara porque eu sabia que eram feitos por amor. Sim, era incondicional - o amor, a confiança, a preocupação.
E agora? Vês no que nos tornámos? Cada um com a sua vida, a seguir caminhos diferentes, distantes; cada vez mais distantes. A sentir saudades de tudo o que tivémos e que sempre te pedi tanto para não perdermos. A amizade genuína, a cumplicidade que só se consegue com tantos anos de companheirismo, de partilha do que há de mais puro e bonito. Foi-se tudo.
Porque mentiste, traiste, usaste, fugiste. Mais do que uma vez. E voltaste, e de cada volta tudo era cada vez mais diferente, mais distante e doía cada vez mais. Doía-me porque tudo estava diferente e já não te via igual, doía-te porque também eu estava diferente e porque vias nos meus olhos a tristeza e a dor que sentia - porque quando olhava para ti via os olhos de outra pessoa, via o mal que me fizeste, via que não era o único reflexo. Mas sabes, ainda assim, também via o meu menino de 17 anos por quem me apaixonei, aquele menino que sabia cuidar, que respeitava, que fazia de tudo para me roubar um sorriso e me ajudava a ser eu mesma numa altura em que isso era tão difícil para mim.
Sim, tenho saudades tuas, uns dias mais do que noutros. Certos dias não cruzas o meu pensamento com tanta frequência. Noutros não me sais da cabeça em lembranças, momentos, sons e cheiros.
Mas não te quero na minha vida, desculpa.
Já passou.
Já passaste e tudo vai passar. Vão ficar apenas as lembranças que com o tempo serão postas de parte, substituídas por outras. Aquilo em que agora desacredito voltará a ser real, sentido, provado. Voltarei a ser feliz, a ser amada, respeitada, cuidada e desta vez será da forma certa e valerá a pena a espera. Porque se calhar nem é de ti que tenho saudades, mas de alguém que me segure na mão e me diga que está comigo. Se calhar é essa a verdadeira saudade.
Espero que consigas ser tão feliz como eu desejo ser um dia.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Palpitação


Era uma vez uma dor, que apertava o peito e encolhia a alma cá dentro. Vinha sem aviso, assustava, acomodava-se e depois desaparecia. Era a dor de uma lembrança que vinha em busca de uma brecha para estragar a muralha que com tanto custo foi construída.
Antigamente, esta dor era como um cordão que ligava duas almas que se amavam. Ela surgia para nos lembrar que tudo é possível, para nos dizer "ainda penso em ti". Hoje é apenas uma dor - daquelas que incomoda, mas que passa, como tudo.




E já se foi.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Acordei. Adeus.


Todos os sonhos se realizam, não é?
Quando lutamos, quando tentamos, quando acreditamos com todas as forças que temos, mesmo quando achamos que já não as temos.
Não havia força, mas sonhava-se. E, passo a passo, cá vou em busca do que tanto desejo, do meu sonho há tanto deixado para trás. Porque achava que qualquer coisa era mais importante. Porque achava que ele era mais importante - pois que se f... olha, que seja muito feliz.
Foram tantas as palavras que foram escritas como aquilo que dei de mim àquele que julguei durante tantos anos ser "o tal". Foi. Pois foi. Foi o tal. O tal que deixei que me magoasse, que me ferisse, que me fizesse desacreditar neste amor. Qual amor? Não sei. Obrigada por me fazeres duvidar de tudo, passado e presente, que de presente não teve nada. 
Aposto que choras, que te dói a ausência, que te mata um bocadinho por dentro não ouvires a minha voz: eu sei. E tu, sabes quantas vezes chorei? Sabes o esforço que fiz para me pôr de pé uma e outra e outra e outra vez, sempre que te apetecia ver com quem te sentias melhor? Pois não, não sabes nem queres saber. 
O Adeus chegou, de vez. Adeus amor da minha vida.

Que sejam os sonhos os vencedores desta vida. Que seja a minha vontade de ajudar, a minha coragem e tudo aquilo que (ainda) tenho para dar (não meu querido, não ficaste com tudo) a vencer, a vingar, seja aqui, lá, noutro sítio qualquer.

Só posso estar grata por cada conquista, por não estar sozinha, por conseguir ser eu - acima de tudo.
O melhor ainda está para vir.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

A mudança

Quero tanto esta mudança, mas tenho tanto medo de tudo. Tenho medo do que deixo, medo do que vou encontrar num sitio desconhecido... Mas aqui até de mim já tenho medo. Tenho medo da pessoa que me estou a tornar.
Não quero mais estar acomodada a uma vida que não me satisfaz, que não me deixa feliz. Parada num sitio com tanto para oferecer, mas que já tanto me tirou.
Estou perdida... Sim, estou perdida porque me deixaste sem nada e uma parte de mim continua sentada naquele sofá, como naquela noite em que me tiraste tudo.
E agora dizes-me que tenho de agir porque assim apenas estou apenas a sobreviver porque respiro. Isto já não é viver. Uau... Afinal também me tiraste a capacidade de viver...
Mas sabes uma coisa? Tenho sido forte para aguentar tudo: para acreditar, para esperar, para te apoiar mesmo depois de tudo, para continuar aqui a lutar, espero eu, por um futuro melhor. E sabes que mais? Vou conseguir tudo aquilo que mereço. Vou ser feliz. Vou continuar a lutar, a respirar para sobreviver até me conseguir encontrar de novo e viver a vida que quero para mim.
Não sei como, não sei quando. Não sei nada. Mas vou conseguir.
Sem promessas. Não te garanto que esteja aqui como sei que poderás deixar de estar, um dia. Não quero odiar-te como não quero que me odeies por nada, porque só esse sentimento será capaz de acabar com aquele que julgo ser eterno.

Agora vou seguir. Mais uma noite a dormir pouco, a pensar em mil e uma maneiras de sair daqui, de fazer o mais certo, no tempo certo.

Que se faça luz para esta cabeça, por favor.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Até quando?


"Valeu a pena" dizia eu. Sim, valeu a pena. Mas acabou. Outra vez. Mais uma vez. Para sempre?
- Não. - respondes-me tu.
E então? Queres uma vida nova, um rumo diferente, uma relação renovadora que te faça crescer. E então, pergunto-te eu. Nem sequer vou falar de mim. De como me deixaste, uma vez mais, sem chão, sem ar, sem nada (literalmente sem nada). Não importa. Ao que parece a culpa foi minha porque deixei, porque acreditei, porque tentei. E sabes que mais? Faria tudo de novo.
Sim, faria tudo de novo. Porque valeu a pena. Porque foi um dos anos mais difíceis mas também mais felizes da minha vida. E foi contigo ao meu lado.

Eu sei que ando a bater nesta mesma tecla há tantos e tantos anos. Eu sei que esta esperança estúpida já devia ter morrido há muito. Eu sei! Mas bolas... nem tu deixas nem eu quero. Nem tu queres nem eu deixo. Como é que isto é possível? Não queremos desaparecer da vida um do outro, não queremos deixar de falar, não queremos deixar de ser amigos... mas também não queres ficar comigo. Não queres ficar comigo. É este o maior punhal de todo... Tu não queres. Ficar comigo.

Por isso, o que fazemos? Tu vais à tua vida, em busca do que é melhor para ti. E eu... Eu vou em busca de mim. Vou em busca do que me faça feliz e talvez de alguém que queira, realmente, lutar por mim e estar comigo.

Alguém sabe onde fica o botão off dos sentimentos?

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Valeu a pena


Tantas mudanças, tantas voltas e contra-voltas. 
Quem diria?
Eu não. 
Nunca pensei estar aqui, nunca pensei sequer sentir-me tão bem aqui.
Foi um risco tão, tão grande; para mim, para ti e para nós. Podia ter corrido mal. Mas não.
Corre bem e corremos juntos, cada vez mais juntos, mais perto, mais unidos, em tudo e para tudo. Afinal parece que o amor consegue mover montanhas. O Amor, no meu sentido de amor: amizade, respeito, paciência, carinho, mais paciência e muito companheirismo - que dure para sempre.
Acho que já não importam os tradicionalismos da sociedade - o casamento, os filhos antes dos 40 anos, bla, bla, bla. Vivemos e vamos vivendo do nosso jeito, com os nossos passos maiores ou mais pequenos, com um sorriso na cara ou com alguns murros de revolta na parede. Mas somos felizes, não somos?

Sinto-me (sinto-nos) a crescer e isso sabe bem. 
Sinto que vale e vai valendo a pena. 

Ainda bem que não te deixei partir. Ainda bem que quiseste voltar. Ainda bem.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Um Hoje...

O que sou eu agora?

Quem sou eu depois de tudo, de lágrimas nos olhos, de mente vazia, mas tão, tão pesada?

De quanto serve viver, querer sentir, querer tocar, querer-te, só porque sim. Porque sim. Porque és o amor da minha vida. Porque tenho a certeza disso e sei que tu também tens.

Que se lixe a eternidade, o "para sempre", o "até amanhã". Quero um Hoje, um Agora. Quero-te ao meu lado. Quero tentar de novo, roubar-te um sorriso como quem oferece um doce a uma criança. Quero aprender a ser, a estar, a ser-te e a ter-te comigo, em mim, ao meu lado, contigo.

Deixa-me chegar um pouco mais perto.


Confessa.



Não...

...


Fica...




...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O silêncio e a loucura

Descobre-se o silêncio
No meio da solidão,
Na dúvida incerta
Da palma da tua mao.

Descobre-se a raiva
Numa mente desperta
Numa porta aberta,
Mente fria e incerta.

Tenho-te a medo, com medo
Da noite, da fala,
Da vida, tenho-te.

Vasculho a alma e não encontro,
Descubro a calma e então a escondo.
Grito, por dentro, cá dentro
Grito.
De dor, de ódio.

Sacudo a água, a chuva, a mágoa.
Deixo-me ir.

Quem és?

Silêncio.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Aquela liberdade de criança



Como é bom brincar no brilho do mar, gelado, salgado, calmo.
Ser-se pequenino de vez em quando, correr só porque sim, rebolar na areia, sujar a roupa, rir e rir como se tudo conspirasse para sermos felizes.


Vou crescendo. Vejo outros traços no espelho, outros pensamentos, outras escolhas. Vejo-me ainda criança num corpo cada vez mais adulto, numa mentalidade cada vez mais... diferente.
Não quero esquecer-me de como é bom molhar os pés no mar de Inverno só porque é isso que me apetece fazer. Não quero esquecer-me da liberdade de se ser criança. 

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Devaneio: Sinfonia da Vida


É no silêncio que se descobrem os medos, que se encontram memórias, velhas e sujas, que se ouve o tempo, tic tac, tic tac, que teimou em passar tão depressa, tão devagar.
É na imensidão do silêncio que se alcança a sabedoria sobre nós próprios.
Caçam-se fantasmas, desenham-se sonhos, voa-se daqui para fora.
É também em silêncio que se têm as conversas mais importantes, que se debitam as palavras mais harmónicas e certas.
Mas... por vezes o silêncio magoa, enlouquece, muda, molda, queima, enfurece, esquece... mata e mói.
Qual é o teu silêncio? É aquele que me tira do abismo e me torna crente? Ou aquele que me empurra e me pisa e me deixa no esquecimento, na ausência de sons, no escuro?
Qual é o teu intento? Amar-me? Esquecer-me? Odiar-me, talvez?
Ensina-me a gostar do silêncio e eu ensino-te a viver com ele. Juntos, então, criaremos a sinfonia das nossas vidas.

domingo, 19 de junho de 2011

Perdida

Sabes aquela vontade de morreres por já não seres tu? Aquela sensação de que todo o mundo te usa para se sentir melhor, mas não se preocupam com as lágrimas que te caem pelo rosto sem que queiras.
Sabes quando olhas à volta e parece tudo mais complexo do que devia ser? Quando te sentes perdida e sem rumo, só porque te tiraram os melhores sentimentos que tinhas com simples palavras.
Esta vontade de deitar e dormir até que tudo passe, de simplesmente dizer “deixa-me em paz!”, esta vontade que me tira o sono e a fome, que me faz alimentar de água salgada dia e noite.
Como posso voltar a mim? Como posso sentir de novo que vale a pena mais um dia, que o que faço está correcto, que tudo vai ficar bem?
Como posso tornar tudo mais claro, ver quem está certo ou errado?
Só quero voltar a sentir que tudo faz sentido, que tudo vale e valeu a pena. Só quero não sentir este frio, nem esta dor no peito que quase me tira o ar. Só quero que tudo pareça de novo um conto de fadas, com cores e sonhos. Para onde foi tudo isso? O que é que eu faço para me sentir plena e feliz novamente?
Não sei.
Não sei…

terça-feira, 10 de maio de 2011

Meu amor


Já tivemos pegadas distantes e frias, em caminhos paralelos.
Já tivemos noites em claro, noites de Inverno que nos gelavam a alma, mas onde a troca de olhares acontecia sempre que olhávamos a nossa Lua lá no alto.
Do tanto que já tivemos, que importa o frio e a dor que nos paralisou, nos cegou ou nos fez vaguear por estas e aquelas ruas?
Hoje és, como sempre foste e sempre serás, o meu amor. O "amor da minha vida" como me lembro de te chamar há tantos anos. Mais do que aqueles que alguém consegue contar.
És uma parte importante de mim. És quem faz de mim alguém melhor todos os dias. És quem, pacientemente, caminha ao meu lado. Não, o caminho paralelo está hoje ligado pelas nossas mãos, por todos os sentimentos que por muito que diga jamais conseguirei explicar.
Sim, és o meu amor. Aquele que há tanto desejo, que sempre soube fazer parte de mim.

Sempre, para sempre. 

quinta-feira, 5 de maio de 2011

E hoje?

A sombra que foste de mim, hoje é o meu abrigo, a protecção que sempre quis e que tanto bem me faz.
O luto que deixaste, é hoje a cor que guardo na gaveta mais funda da minha alma, marcada com o rótulo "para não esquecer". 
A saudade que me consumiu, é hoje a força de cada dia e cada hora contigo, é o valor que damos a cada momento, cada olhar, cada toque.
O medo, esse mantém-se e mantém-nos aqui, lado a lado, sem nunca mais virar as costas.
O respeito de antes, está hoje fortalecido, como se nunca um pingo de raiva ou rancor por nós tivesse passado.
Fazes de mim o melhor que sei ser. Fazes-me sorrir como não sabia conseguir, fazes-me brilhar como se jamais as nuvens cobrissem o céu. 

Hoje, contigo, com lágrimas e sorrisos, em paz e com tudo o que temos. Para sempre?
Porque sim.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Acompanhas-me


Reflexos. Escuridão. Luz.
A mesma Lua que nos contempla noite após noite, que na sua remota inocência espalha luz por onde passa, iluminando caminhos e olhares como se fosse essa a sua missão.
Paz. 
Eterna gratidão por cada momento, cada sorriso, cada lágrima, cada abraço e cada beijo, cada carícia, cada palavra. Com uma paz que me acompanha não sei como nem vinda de onde, debaixo desta luz que espelha tantos desejos, tantas horas de contemplação e esperança, sigo um caminho.
E Ela acompanha-me, tal como tu meu amor. Num caminho, numa vida e em tantos sonhos.
É bom não estar só. Obrigada também por isso. 

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Porque sim


Hoje temos o toque de duas mão perfeitas, temos o cheiro de dois corpos que se fundem naturalmente, temos a carícia de tantas horas em comum.
Hoje temos as palavras silenciadas por olhares, temos os olhares que expressam sentimentos, temos sentimentos que só nós conhecemos.
Hoje temos a paz que há tanto desejávamos, temos o desejo de que dure para sempre, temos todo o tempo do mundo para ser felizes.


E na saudade que estas palavras transportam, hoje e sempre, para sempre, tenho-te comigo.
Tu sabes.

Até logo. 

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Feliz Natal

Hoje escrevo só porque sim. Só porque sinto o coração leve e a alma em paz consigo e com o mundo.
Hoje escrevo porque faz sentido, porque sabe bem sentir o vazio a ser preenchido a cada dia, substituído pelo sentimento que julguei perdido e que tão bem me faz.

Não sou dona do tempo nem das escolhas desta vida. Na verdade, julgo ser dona de quase nada, apenas do que trago comigo, dos meus pensamentos e sonhos, das minhas ambições e conquistas, dos sentimentos... e até esses nem sempre controlo. 

Conforta-me saber que sou capaz de amar um número certo de pessoas e que esse amor, seja em que forma se apresente, é retribuído e sentido. Alegra-me a certeza de que amores como estes não morrem, porque são importantes e especiais, porque têm um valor inestimável para mim, porque essas pessoas são acima de qualquer outra coisa Amigos, alguns irmão, companheiros de lutas, conquistadores nesta vida, protectores de todas as horas. E isto sim faz sentido e faz-me acreditar que é possível viver a felicidade.
Agradeço a cada minuto que passa esta dádiva. Não a eles, porque a estes um obrigada é muito pouco. 
Fazem parte de mim.

Bom Natal.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O medo e o tempo


Ainda sinto medo do tempo, sabias?
Aprendi que ele não leva tudo da nossa vida. Aprendi que com ele posso aprender. Mas, ainda assim, tenho medo dele.
Medo que ele te tire de mim, 
Medo que ele te prenda onde estás e não te traga nunca para perto de mim,
Medo que não tenhamos força para o enfrentar,
Medo de te perder...
Prometo que vou lutar contra este medo, todos os dias, a cada instante, vou tornar-me companheira de um tempo que insiste em estar presente na nossa vida e deixar que ele me guie como sempre fez.

Ajudas-me?

sábado, 20 de novembro de 2010

Portas e janelas


Abram-se portas e janelas, preencha-se cada espaço vazio, cada canto escuro, com o ar e a luz que tanta falta fizeram.
Abram-se portas e janelas para sentimentos há muito perdidos, escorraçados e vencidos, que hoje, na sua modéstia, retornam a casa de onde nunca foram esquecidos.
Abram-se portas e janelas porque preciso desse ar e dessa luz que me trazes, desse calor que torna tudo mais confortável. 
E que o tempo seja um companheiro e não um inimigo, que nos ajude e nos ensine que muito mais perfeita do que a vida que vivemos perdidos nas escolhas passadas, será a escolha que em breve faremos.
Abre todas as janelas e deixa-me fazer parte dessa casa, como aos poucos também eu te torno parte da minha, de onde nunca saíste.
Volta como sempre voltaste, mas permanece, hoje e sempre. Tenho portas e janelas abertas para ti, tenho coração e alma prontos para te receber.
Ficas comigo? 

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Sempre contigo


E, um dia, quando acordares, tudo isso será tão real, tão verdadeiro, tão teu.
Porque aqui comigo, tu também estás.

sábado, 2 de outubro de 2010

Da tua luz


No seu rosto, as lágrimas caiam como gotas de chuva num Inverno que chegara sem aviso, que permanecia dia após dia, ano após ano, tornando-se uma companhia quase necessária.
Os olhos, por vezes cegos por um nevoeiro constante que gelava o seu ser, temiam a busca por um sinal, uma luz que o guiasse e lhe trouxesse de novo um sentido para vida. É então que ela surge, como um farol, mostrando-lhe aquele tão desejado, mas tão temido, caminho. Ele segue-a na esperança de encontrar uma solução. Segue-a porque sim, porque já não consegue controlar os movimentos do seu corpo gélido e perdido.
- Vem comigo, mostrar-te-ei coisas nunca antes vistas, sentimentos nunca antes sentidos, acontecimentos nunca antes vividos...
E assim fez, aquela pobre alma, com um sorriso nos lábios e uma paz que há muito julgava esquecida, seguiu a voz amiga - angelical, assim pensara - e, cauteloso, caminhou.
Não era fácil o caminho que o esperava. Outras tempestades viriam, outros medos, muitas lutas. Mas decidiu arriscar.
Até quando?
Para sempre, dissera.
E enquanto esse sempre durar, enquanto fizer sentido, enquanto existir, assim será.
Até ao fim dos meus dias.

sábado, 28 de agosto de 2010

domingo, 15 de agosto de 2010

O que sou

Falaram-me do passado, de como influencia a nossa vida presente, os nossos actos e gestos.
Falaram-me de como os ditos "bons exemplos" nos conduzem na direcção "certa".
Falaram-me ainda das mágoas que guardamos com o sofrimento que passámos em tempos, os quais tentamos incessantemente esquecer.
Pode ser a causa do que sou, pode ser por isso que sou, hoje, distante, desinteressada, sozinha, antipática, fria. Pode ser. Para mim não passam de desculpas. Culpar o passado que já não pode ser modificado, como forma de justificar o que somos. Não. Para mim não é assim. Sou o que sou, ponto.
O que posso fazer para as coisas correrem como tanto desejo? Veremos.
Seria melhor pessoa se tivesse crescido noutro meio? Talvez. Ou talvez não.

sábado, 7 de agosto de 2010

terça-feira, 13 de julho de 2010

Um lugar algures no mundo

onde já não estou.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Enigma das escolhas


Não é de uma escolha de iguais que se trata, nem sei se de escolha se pode chamar.
Ir ou ficar?
Esperar ou caminhar?
Caminhar ou parar?
Malditas mudanças estas que se avizinham e me deixam com medo, me reprimem por tanto me quererem ver agir. O que faço?
Escondo-me ou fujo? Avanço ou estanco?
Vou deixar o medo e arriscar, na esperança que seja esta a minha vez de sorrir e de brilhar, como há tanto anseio.
Deixa-me ir. Deixa-me sonhar. Apenas deixa-me... que eu vou.
Um dia.
Até um dia.

sábado, 26 de junho de 2010

Um lugar mágico


Gosto de pensar que existe um cantinho, um lugar de paz onde se pode respirar, onde é permitido sonhar sem dar explicações, sem perder tempo. Muitas vezes não sei onde esse lugar fica. É como se o perdesse de vista, como se já não conhecesse o mapa da minha vida e as indicações que me levam até ele.
Que lugar é este?
Não sei o seu nome, não sei sequer porque lá vou. Mas é lá que me encontro quando estou perdida de mim e do mundo, quando deixo de conseguir pensar no que é melhor, quando desespero de tal forma que nem o Sol me consegue iluminar a alma.
Neste sítio tudo é sagrado.
Que sítio é este?
É o recanto mais escondido de todos, onde a escuridão e a luz se fundem, onde o céu e a terra fazem parte da mesma matéria, onde não existe ar e todo o ar é demais, onde eu e eu nos tornamos uma, única, indissociável, completa.
Posso não me manter neste lugar mágico, mas voltarei sempre.
Que assim seja.

terça-feira, 25 de maio de 2010

É a vida

Cai,
Levanta,
Escorrega,
Cai,
De pé,
De rastos,
Tropeça,
Segura,
Direita...

É a vida. Aprende-se, desaprende-se, constrói-se, desconstrói-se e assim será sempre.
Se custa, se dói, levanta-se a cabeça e segue-se. Melhor virá e se fará.
É a vida.
Assim.