quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Uma última vez

Só mais uma lágrima derramada no desespero de um momento de fúria, de um momento de desamor, de um momento de solidão profunda.
Uma gota caída numa imensidão de cores que podiam ser marcas tuas mas já não são. São marcas do passado que deixou de existir agora e que me fez perceber a velocidade do tempo.
A espera nada importa, os sonhos transformaram-se num fumo disperso e dispersamente perdido no meio do nevoeiro que nos circunda.
Sinto frio, sinto medo do maior medo que tenho e que é a solidão. Enrosco-me em mim na esperança de que uma chama se acenda e arda por nós, arda por ti e me ilumine o caminho em frente, transformando o passado numa pesada sombra. Sim, numa sombra, aquela que me persegue há tanto tempo e da qual me preciso soltar.
Deixo cair uma última lágrima na esperança que seja definiva.
Não vou esquecer, recordarei às vezes, mas por agora preciso de viver.
Até um dia.

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