terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Tábua

Porque o tempo para escrever neste momento se restringe a trabalhos académicos ou apontamentos para exames, há que aproveitar cada momento, por curto que seja, para partilhar plenamente este dom que é a escrita.
Foi num dos momentos de pausa e devaneios de estudo que este poema se construiu.
Foi numa experiência partilhada por três pessoas que sonham, que vivem, que querem uma vida e um mundo, que lutam por eles com tudo o que têm.
Acima de tudo, foi construido por três pessoas que acreditam e deram um pouco de si em cada verso deste pequeno "sonho", deste pequeno tudo transformado em palavras.



Tábua

Um encontro para novos,
Sábios ou sabedores,
De horizontes longínquos
Onde a madeira não apodrece!

Tempos passados
À volta de uma mesa,
Copos vazios,
Poeiras sentidas,
Partem-se e voam daqui

Prazeiroso, até!
Uma tábua de sonhos
Partida e vivida,
Reconstruida
E nunca reconhecida!

Um encontro de velhos,
Ignorantes ou mudos,
Conhecem-se pelas falhas
Do chão debaixo dos pés!

Velhos esquecidos no tempo,
Encontrados por novos caminhos,
Os caminhos repetidos,
Esquecidos outrora!
Contudo repetidos
Pelos novos.

Novos velhos,
Velhos sábios,
Sábias tábuas,
Caminhos perdidos!

Encontros desencontrados,
Vidas vividas,
Por novos e velhos
Sábios e sabedores
Por tábuas nunca antes esquecidas
E versos de um velório que vê morrer
Para nascer algo novo!
Por:
Ana Rita Faria
Bruno Almendra
Célia Monte

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